Autora: Marion Zimmer Bradley
Tradutor: Waltensir Dutra
Coleção: As Brumas de Avalon – Livro 3
Editora IMAGO – 21 páginas
Nota no Skoob: ***** (ótimo)
A saga do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda foi contada e recontada inúmeras vezes, principalmente como uma história de aventuras sem maior densidade. Marion Zimmer Bradley, escolheu um ponto de vista mais original e perspicaz para narrar esta história. Tomando o do ponto de vista feminino, principalmente de Morgana, irmã de Artur, sua amante e sacerdotisa de Avalon, a ilha sagrada onde se refugiam os remanescentes da antiga religião bretã. O foco da trama é justamente a luta pela preservação da velha seita, carregada de mistérios, onde a deusa impõe ao mundo uma sociedade de domínio feminino, contra a implantação do cristianismo.
Vol. 3 - A lenda do Rei Artur chega ao seu clímax e a luta aqui é entre os celtas e os cristãos. Artur terá que decidir entre a tradição de Morgana e a de sua amada, Guineverre, além de enfrentar as intrigas múltiplas em sua corte. Sinopse aqui. Oi, você que está lendo essa resenha! o/
Ainda em “As Brumas de Avalon”, agora é a vez do livro 3: O Gamo-Rei.
Spoiler Alert: Este texto possivelmente contém spoilers do 1º e do 2º livros, então, se você ainda não leu eles, não recomendo ler essa resenha, mas você pode ler a resenha do livro 1 aqui e a do livro 2 aqui.
Tudo certo? À resenha!
Cenário
O mesmo do primeiro e segundo livros. Só pra refrescar a memória: Bretanha da Idade Média, expansão do Cristianismo, heretização e erradicação das outras religiões. Só, parece-me, que dessa vez, o cristianismo está mais difundido, ou seja, a Bretanha já pode ser considerada cristã.
História
Gwydion, filho de Morgana, é levado por Viviane para ser criado em Avalon.
Pausa aqui. Gente, o que é isso de Lancelote + Artur? o.o Fiquei de boca aberta, mas, sério: Ti munitinhu. Ignorem, por favor.
Continuando. Na corte, é dia de Pentecostes, o dia em que Artur concede qualquer - é claro que não é qualquer absolutamente, mas, enfim - desejo de quem for lhe pedir algo, e, como ele é perjuro, Viviane vai até ele para lembrá-lo de seu juramento à Avalon, que o pôs no trono, afinal. Porém, Viviane é assassinada quando está de frente com Gabi Artur. Acho que vou parar por aqui. Que chato eu, cortando a história na parte mais empolgante...
Minha Opinião
Se bem que este livro tem várias partes empolgantes, porque ele é ótimo. É o melhor livro da série e, como está escrito ali, no finalzinho da sinopse, a história chega ao clímax. Gwenhwyfar mostra-se muito mais perspicaz do que se pode imaginar. Os conflitos teológicos chegam ao ápice - tanto que Viviane é morta por um fanático religioso: Balim (que depois morreu também, muahaha).
A narrativa pega um ritmo bem mais ativo (veja-se que ativo é diferente de rápido), pois, no livro, é como se a maioria das linhas narrativas começadas nos outros livros chegassem ao ápice.
E, olha, quem diria que Gwenwhyfar viraria tão imperativa assim? Ela tá safada. #Vejasó, aquela guriazinha que tinha medo de sair de casa e que quase morreu quando viajou para o seu casamento já traiu o marido com o marido junto (o.o e ela é cristã, hein?!) - se você não entendeu essa parte: Gwen + Lance + Artur - e agora, praticamente, manda no rei, consequentemente, na Bretanha. Disse que ela tá safada.
Muito empolgado pra começar a ler o 4º livro.
Venho pensando que o papel que as mulheres desempenham nesse livro, é muito semelhante às mulheres de Balzac (saiba-se que eu só li a trilogia dos Treze), que são o alicerce de toda a história.
Não sei se estou conseguindo transmitir toda a minha empolgação, mas, saiba de uma coisa: este livro é fantástico! Thumbs up pra ele! (y)
Deixo aqui uma mensagem para vocês que ainda não leram: #LEIÃO
Até mais \o
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