Autor: Ray Bradbury
Tradutor: Cid Knipel
Editora Globo – 215 páginas
Nota no Skoob: 5 estrelas (ótimo)
Imagine uma época em que os livros configurem uma ameaça ao sistema, uma sociedade onde eles são absolutamente proibidos. Para exterminá-los, basta chamar os bombeiros - profissionais que outrora se dedicavam à extinção de incêndios, mas que agora são os responsáveis pela manutenção da ordem, queimando publicações e impedindo que o conhecimento se dissemine como praga. Para coroar a alienação em que vive essa nova sociedade, anestesiada por informações triviais, as casas são dotadas de televisores que ocupam paredes inteiras de cômodos, e exibem "famílias" com as quais se podem dialogar, como se estas fossem de fato reais. Este é o cenário em que vive Guy Montag, bombeiro que atravessa séria crise ideológica. Sua esposa passa o dia entretida com seus "parentes televisivos", enquanto ele trabalha arduamente para comprar-lhe a tão sonhada quarta parede de TV. Sua vida vazia é transformada, porém, quando ele conhece a vizinha Clarisse, uma adolescente que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo. O sumiço misterioso de Clarisse leva Montag a se rebelar contra a política estabelecida, e ele passa a esconder livros em sua própria casa. Denunciado por sua ousadia, é obrigado a mudar de tática e a buscar aliados na luta pela preservação do pensamento e da memória. "Fahrenheit 451" é não só uma crítica à repressão política mas também à superficialidade da era da imagem, sintomática do século XX e que ainda parece não esmorecer. Sinopse aqui.
Oi, você que está lendo essa resenha! o/
Fahrenheit 451 é um dos mais novos livros que acabaram de chegar na biblioteca da escola (=D), e eu, que não sou bobo nem nada eu acho, peguei ele antes que algum outro adorável aluno pegue ele, nunca leia e, igualmente, nunca devolva.
Depois que eu vi que era ficção científica então?! Má num havia manera de não ler.
Cenário
Um mundo não tão diferente do nosso, fisicamente, sem nenhuma escabrosidade tecnológica ultra-futurista "vim-do-futuro-para-destruir-te", com a peculiaridade de que ele comporta um povo totalmente alienado de qualquer manifestação de cultura e idiotificado pela avalanche de informações supérfluas que vem tanto de um eu entendi como microrrádio sempre enfiado na orelha, quanto das televisões: telões gigantes que ocupam uma parede inteira proporcionando o melhor de qualidade em imagem, cor e som. TV como você nunca viu! e nas quais os espectadores são absorvidos e anestesiados e passam horas a fio assistindo.
Segundo o prefacista, e eu kinda concordo, a época em que se passa o livro não é muito distante da nossa, então, penso eu, deve ser lá por 2025-2050.
Segundo o prefacista, e eu kinda concordo, a época em que se passa o livro não é muito distante da nossa, então, penso eu, deve ser lá por 2025-2050.
História
Guy Montag era um bombeiro que ateava fogo aos livros, pois esse era o trabalho dos bombeiros da então época. A ordem mor era claríssima e objetivíssima: livros are from hell bad! Burn todos eles! Mas um dia Guy conhece Clarisse McClellan, uma garotinha que inquieta-o, fazendo-o perguntas como: "você é feliz?".
Alguma coisa muda muito profundamente em Guy, e ele começa a suspeitar que a resposta está nos livros, que são expressamente proibidos de serem lidos, excetuando-se manuais técnicos e guias; e quando ele percebe que para essas pessoas, as quais ele ia diariamente destruir suas bibliotecas particulares, terem os seus livros era mais importante do que a própria vida, ele resolve cometer o pecado capital: lê alguns livros.
Mientras se pasa la historia, Guy se lembra, se eu estou certo, de um senhor que ele conheceu em num parque, acho eu, que "não falava sobre as coisas, falava sobre o sentido das coisas, sentava-se ali e sabia que estava vivo"(p. 101), e daí ele vai atrás desse velhinho que atendia por Faber Castell e que doravante iria ajudá-lo em sua busca pelo tão mencionado pelo E.T. Bilu, conhecimento.
Algumas coisas acontecem, Guy tem que sair fugido da cidade, encontra um bando de gente que está num programa de aceleração do crescimento "eternização" dos livros que consiste em guardá-los na memória e junta-se a eles.
Aí no final a cidade explode com uma bomba nuclear e todo mundo morre, menos os "recordadores" não pude evitar a neologia e, possivelmente, Faber.
Alguma coisa muda muito profundamente em Guy, e ele começa a suspeitar que a resposta está nos livros, que são expressamente proibidos de serem lidos, excetuando-se manuais técnicos e guias; e quando ele percebe que para essas pessoas, as quais ele ia diariamente destruir suas bibliotecas particulares, terem os seus livros era mais importante do que a própria vida, ele resolve cometer o pecado capital: lê alguns livros.
Mientras se pasa la historia, Guy se lembra, se eu estou certo, de um senhor que ele conheceu em num parque, acho eu, que "não falava sobre as coisas, falava sobre o sentido das coisas, sentava-se ali e sabia que estava vivo"(p. 101), e daí ele vai atrás desse velhinho que atendia por Faber Castell e que doravante iria ajudá-lo em sua busca pelo tão mencionado pelo E.T. Bilu, conhecimento.
Algumas coisas acontecem, Guy tem que sair fugido da cidade, encontra um bando de gente que está num programa de aceleração do crescimento "eternização" dos livros que consiste em guardá-los na memória e junta-se a eles.
Aí no final a cidade explode com uma bomba nuclear e todo mundo morre, menos os "recordadores" não pude evitar a neologia e, possivelmente, Faber.
Minha Opinião
Bons livro. Fahrenheit 451 é único! No momento em que eu terminei de ler, eu quase virei o livro e comecei novamente, porque é uma experiência que é digna de ser repetida muitas e muitas vezes.
Há pouco tempo eu terminei um estudo sobre estética contemporânea, para a aula de Filosofia, e isso meio que acompanha completamente o espírito do livro, em que a cultura pura e expressiva é deixada de lado, favorecendo a cultura puramente estética e massificada. Não que eu queira dizer que a literatura é o único tipo de arte que adiciona uma perspectiva de futuro ao mundo, mas que ela pesa nisso, isso sim.
Talvez esse seja um livro que guarde todas as suas mais esplendorosas nuances para aqueles que, de alguma forma, se importam com o rumo que a literatura está tomando no mundo tecnológico, mas creio que mesmo para os cosmopolitas umbiguistas o livro revele uma face maravilhosa, porque, afinal, a história é ótima independentemente da metalinguagem.
Como sempre reitero, para uma melhor ideia do livro, sempre é melhor lê-lo você mesmo. (y)
Há pouco tempo eu terminei um estudo sobre estética contemporânea, para a aula de Filosofia, e isso meio que acompanha completamente o espírito do livro, em que a cultura pura e expressiva é deixada de lado, favorecendo a cultura puramente estética e massificada. Não que eu queira dizer que a literatura é o único tipo de arte que adiciona uma perspectiva de futuro ao mundo, mas que ela pesa nisso, isso sim.
Talvez esse seja um livro que guarde todas as suas mais esplendorosas nuances para aqueles que, de alguma forma, se importam com o rumo que a literatura está tomando no mundo tecnológico, mas creio que mesmo para os cosmopolitas umbiguistas o livro revele uma face maravilhosa, porque, afinal, a história é ótima independentemente da metalinguagem.
Como sempre reitero, para uma melhor ideia do livro, sempre é melhor lê-lo você mesmo. (y)
Até mais. o/
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