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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Resenha - Fahrenheit 451


Livro: Fahrenheit 451
Autor: Ray Bradbury
Tradutor: Cid Knipel
Editora Globo – 215 páginas
Nota no Skoob: 5 estrelas (ótimo)

               Imagine uma época em que os livros configurem uma ameaça ao sistema, uma sociedade onde eles são absolutamente proibidos. Para exterminá-los, basta chamar os bombeiros - profissionais que outrora se dedicavam à extinção de incêndios, mas que agora são os responsáveis pela manutenção da ordem, queimando publicações e impedindo que o conhecimento se dissemine como praga. Para coroar a alienação em que vive essa nova sociedade, anestesiada por informações triviais, as casas são dotadas de televisores que ocupam paredes inteiras de cômodos, e exibem "famílias" com as quais se podem dialogar, como se estas fossem de fato reais. Este é o cenário em que vive Guy Montag, bombeiro que atravessa séria crise ideológica. Sua esposa passa o dia entretida com seus "parentes televisivos", enquanto ele trabalha arduamente para comprar-lhe a tão sonhada quarta parede de TV. Sua vida vazia é transformada, porém, quando ele conhece a vizinha Clarisse, uma adolescente que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo. O sumiço misterioso de Clarisse leva Montag a se rebelar contra a política estabelecida, e ele passa a esconder livros em sua própria casa. Denunciado por sua ousadia, é obrigado a mudar de tática e a buscar aliados na luta pela preservação do pensamento e da memória. "Fahrenheit 451" é não só uma crítica à repressão política mas também à superficialidade da era da imagem, sintomática do século XX e que ainda parece não esmorecer. Sinopse aqui.

     Oi, você que está lendo essa resenha! o/
     Fahrenheit 451 é um dos mais novos livros que acabaram de chegar na biblioteca da escola (=D), e eu, que não sou bobo nem nada eu acho, peguei ele antes que algum outro adorável aluno pegue ele, nunca leia e, igualmente, nunca devolva.
     Depois que eu vi que era ficção científica então?! num havia manera de não ler.

Cenário
     Um mundo não tão diferente do nosso, fisicamente, sem nenhuma escabrosidade tecnológica ultra-futurista "vim-do-futuro-para-destruir-te", com a peculiaridade de que ele comporta um povo totalmente alienado de qualquer manifestação de cultura e idiotificado pela avalanche de informações supérfluas que vem tanto de um eu entendi como microrrádio sempre enfiado na orelha, quanto das televisões: telões gigantes que ocupam uma parede inteira proporcionando o melhor de qualidade em imagem, cor e som. TV como você nunca viu! e nas quais os espectadores são absorvidos e anestesiados e passam horas a fio assistindo.
     Segundo o prefacista, e eu kinda concordo, a época em que se passa o livro não é muito distante da nossa, então, penso eu, deve ser lá por 2025-2050.

História
     Guy Montag era um bombeiro que ateava fogo aos livros, pois esse era o trabalho dos bombeiros da então época. A ordem mor era claríssima e objetivíssima: livros are from hell bad! Burn todos eles! Mas um dia Guy conhece Clarisse McClellan, uma garotinha que inquieta-o, fazendo-o perguntas como: "você é feliz?".
     Alguma coisa muda muito profundamente em Guy, e ele começa a suspeitar que a resposta está nos livros, que são expressamente proibidos de serem lidos, excetuando-se manuais técnicos e guias; e quando ele percebe que para essas pessoas, as quais ele ia diariamente destruir suas bibliotecas particulares, terem os seus livros era mais importante do que a própria vida, ele resolve cometer o pecado capital: lê alguns livros.
     Mientras se pasa la historia, Guy se lembra, se eu estou certo, de um senhor que ele conheceu em num parque, acho eu, que "não falava sobre as coisas, falava sobre o sentido das coisas, sentava-se ali e sabia que estava vivo"(p. 101), e daí ele vai atrás desse velhinho que atendia por Faber Castell e que doravante iria ajudá-lo em sua busca pelo tão mencionado pelo E.T. Bilu, conhecimento.
     Algumas coisas acontecem, Guy tem que sair fugido da cidade, encontra um bando de gente que está num programa de aceleração do crescimento "eternização" dos livros que consiste em guardá-los na memória e junta-se a eles.
     Aí no final a cidade explode com uma bomba nuclear e todo mundo morre, menos os "recordadores" não pude evitar a neologia e, possivelmente, Faber.

Minha Opinião 
     Bons livro. Fahrenheit 451 é único! No momento em que eu terminei de ler, eu quase virei o livro e comecei novamente, porque é uma experiência que é digna de ser repetida muitas e muitas vezes.
     Há pouco tempo eu terminei um estudo sobre estética contemporânea, para a aula de Filosofia, e isso meio que acompanha completamente o espírito do livro, em que a cultura pura e expressiva é deixada de lado, favorecendo a cultura puramente estética e massificada. Não que eu queira dizer que a literatura é o único tipo de arte que adiciona uma perspectiva de futuro ao mundo, mas que ela pesa nisso, isso sim.
     Talvez esse seja um livro que guarde todas as suas mais esplendorosas nuances para aqueles que, de alguma forma, se importam com o rumo que a literatura está tomando no mundo tecnológico, mas creio que mesmo para os cosmopolitas umbiguistas o livro revele uma face maravilhosa, porque, afinal, a história é ótima independentemente da metalinguagem.
     Como sempre reitero, para uma melhor ideia do livro, sempre é melhor lê-lo você mesmo. (y)


      Até mais. o/

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Resenha - Reader's Digest Seleções

Oi, você que está lendo essa(s) resenha(s).
     Um livro desses de seleções da Reader's Digest acabou caindo em minhas mãos e, indubitavelmente, eu li-o, embora um pouco preguiçosamente.
     De qualquer forma, eu não achei a capa dele por aí, e fiquei com muita preguiça de escanear a própria (XD) então vai só a resenha mesmo.
     Eu também não achei o livro no skoob, e fiquei igualmente com preguiça de cadastrá-lo, até porque tal ato é semi-impossível, já que eu não achei a capa dele.
     Sim, eu ando muito preguiçoso por esses dias. Reze por mim. ;-)

Livro 1: Nada a Perder
Autor: Lee Child
Páginas: 193
Nota: 2 estrelas (regular)

               Quando Jack Reacher chega à isolada cidade de Despair, no Colorado, e tenta tomar um café, o que lhe servem é uma ordem judicial para deixar a cidade. Reacher, porém, não é do tipo que gosta de receber ordens...
- Minha Opinião 
     Não fui muito com a cara do Reacher. O livro é perfeito demais, no sentido de que tudo dá certo para Jack; todos o obedecem, ninguém é mais forte que ele, os planos dele nunca dão errado e ele nunca é visto quando não quer. Eu tenho pra mim que quando tudo dá certo demais, a leitura não flui, aquilo não desce. Sem contar as frases curtíssimas, que abolem palavra feia de conjugação suspeita detected completamente toda possibilidade de existência de vírgulas, ponto e vírgulas e conjunções.
     Sobre a estória: WTF? mais-ou-menos-mais-pra-menos. Razão: uma bomba nuclear explode no final e a pessoa fica parada assistindo; a pessoa taca fogo na delegacia da cidade vizinha e escapa sem suspeitas tecnicamente; a pessoa não é uma pessoa, pois é um ciborgue movido a café; a pessoa é intangível e derruba 245 mil paredes com meio dedo mínimo; e eu poderia continuar enumerando os incontáveis gostou do paradoxo? feitos de Jack Reacher, mas eu tenho que passar pro próximo livro.
     Resumindo este livro: xinfrim eu não gostei muito, mas talvez ele seja do seu estilo, não?





Livro 2: A Orquestra de La Salva o Mundo
Autor: Alexander McCall Smith
Páginas: 115
Nota: 4 estrelas (muito bom)

               Abandonada pelo marido, a jovem La Stone vê-se sozinha em uma cidade do interior da Inglaterra e encontra uma forma única de ajudar o seu país durante a Segunda Guerra Mundial.
Minha Opinião 
     Lindu, lindu, muito lindu Gostei muito deste livro, aliás, eu achei o melhor livro dentre os quatro selecionados.
     Acho que foram os detalhes que me prenderam à história, detalhes como o vilarejo, a orquestra, a casa da La. O clima que a história cria é inexplicável, destarte, não é possível explicá-lo aqui, mas, para mim, esse livro cumpre a tarefa de fazer o leitor "viajar".
     É inenarrável a sensação que esse livro me passou. Eu leria ele duas, três, quatro vezes, num futuro muito próximo. Talvez eu faça uma resenha de releitura dele em alguns meses.
     Em suma: eu gostei e leria repetidas vezes.







Livro 3: A Pirâmide
Autor: Henning Mankell
Páginas: 117
Nota: 1 estrela (ruim)

               Recém-divorciado, o inspetor Kurt Wallander tenta encontrar o elo entre três crimes muito diferentes. Entre uma investigação e outra, ele ainda precisa ir ao Egito resgatar o pai idoso, preso pela polícia do Cairo.
Minha Opinião 
     Passaram cento e dezessete páginas sem que nada acontecesse.
     O velhinho tentou escalar a pirâmide de Gizé! 'O'





Livro 4: A Garota que Caçava a Lua
Autora: Sarah Addison Allen
Páginas: 143
Nota: 3 estrelas (bom)

               A jovem Emily Benedict nada sabe sobre  Mullaby, a cidade natal de sua mãe. Mas ao chegar lá e conhecer seus moradores, ela percebe que precisa desvendar estranhos segredos.
Minha Opinião 
     A ideia de magia que o livro tenta passar, pra mim ele conseguiu passar, mas não é um livro que eu leria eternamente, como A História Sem Fim.
     É o segundo melhor livro, mas porque nem se compara ao primeiro e ao terceiro livros, e registre-se aqui que o único livro que realmente me prendeu a atenção foi o segundo.
     A história é interessante, se você gosta de literatura fantástica (House of Night, Crepúsculo, et cetera), e, convenhamos, quem não quer ter um papel de parede que muda sozinho? Pouquíssimas pessoas, como é de se esperar. Mas eu queria. ^-^
     Há um tempo atrás, alguns salgadin-gadin-gadins vinham com uns E.T.s que brilhavam no escuro, e quando o livro diz que o guri brilha no escuro, eu imaginei um E.T. daqueles do tamanho de uma pessoa brilhando no meio do jardim da Emily. =)
     Como eu já escrevi, se você gosta de literatura fantástica, leia este livro.

      Até mais. o/

sábado, 20 de agosto de 2011

Resenha - O Voo Final

Livro: O Voo Final
Autor: Stephen Coonts
Tradutor: A. B. Pinheiro de Lemos
Editora Record – 364 páginas
Nota no Skoob: 4 estrelas (Muito Bom)

               Jake "Cool Hand" Grafton, piloto veterano do Vietnã, é obrigado a parar de voar devido a uma cegueira noturna. Mas Jake insiste em continuar na ativa e, durante a Guerra do Golfo, comanda o navio United States. Durante o conflito, alguns de seus tripulantes começam a desaparecer. Esta é a parte visível do plano do coronel Qazi, terrorista financiado por países árabes, que pretende roubar armas nucleares do United States. Excelente piloto, Qazi dá uma oportunidade a Jake: derrotá-lo em um combate aéreo. O ás do Vietnã tem que voltar aos ares para impedir que uma nova ditadura se instale no Oriente Médio.
           Stephen Coonts, comandante aviador da Marinha americana na Guerra do Golfo, mais uma vez transforma as melhores narrativas pessoais em sucesso literário. 

     Oi, você que está lendo essa resenha! o/
     Esse livro surgiu do nada pra mim. Ele veio de uma amiga de minha mãe, que emprestou pra ela porque achou que eu iria gostar, então, ele era completamente inesperado em minha vida.
     Não dê lado pra essa sinopse aí em cima, porque não tem nadaver com a história, não somente porque não conta os fatos realmente relevantes dela, como também contém informações falsas, como você verá aí pra baixo.

História
     Jake Grafton, piloto experiente da Marinha americana oi? Piloto da Marinha?, é o chefe das esquadrilhas do porta-aviões United States. Ele comanda todas as esquadrilhas de todo o navio, que é imenso (não, o navio é bem maior do que você pensou).
     Por haver certa expectativa de guerra, o navio carrega armas de destruição em massa, e esse fato é conhecido pelo coronel Qazi, um pau mandado terrorista que pretende roubar as armas nucleares do navio para que seu país possa se impor como um potencial inimigo à "paz e ao equilíbrio mundial", recebendo assim a devida atenção.
     Como Qazi não é bobo nem nada, ele arma minuciosamente o seu plano de roubo e o põe em prática, e, obviamente, ele dá certo, porque foi minuciosamente planejado.
     As armas são roubadas, porém, somente um dos três helicópteros que vieram para recolhê-las consegue alçar voo intacto. Grafton faz um plano tudo correndo e sai diatrás do Qazi, antes que ele resolva pulverizar algum lugar do planeta.
     Descrição vai, descrição vem, Grafton derruba o avião em que Qazi está, e as armas acabam por não explodir.
Minha Opinião 
     Livro muito empolgante, com descrições perfeitas (demasiado técnicas, talvez, mas são ótimas num contexto geral) e cenas de ação de prender a respiração. Só faltou fazer o barulho dos tiros e dos aviões. =)
     A ideia que o livro passa sobre o tamanho do porta aviões é realmente gigante. A organização militar dos pilotos, comandantes e controladores é realmente impressionante, levando-se em conta o tamanho do navio e da tripulação. O desenvolvimento do plano de Qazi é muito detalhado, embora não se saiba ele por inteiro até que ele realmente entra em prática.
     Quanto a profundidade dos personagens, percebe-se que o autor explora somente Grafton e Qazi, apesar de haverem personagens "primariamente secundários", como Judith, Callie e Toad, mas, como a atração principal do livro é a ação, e não a psicologia, o autor não peca por excesso.
     Os cenários são meramente cenários, no sentido de que eles não exercem muita influência na estória e levando-se em conta que os embates principais se dão no céu (que é infinito e azul) ou no mar (que é quase infinito, mas também é azul).
     Quanto à sinopse lá em cima: Jake não para de voar devido à cegueira, ele para de voar à noite; Seus tripulantes não somem "durante o conflito", pra dizer a verdade eles nem somem! É quando o navio ancora em Nápoles que alguns tripulantes descem e demoram a voltar; Qazi é "excelente piloto" coisa nenhuma! Ele nunca pilotou um avião durante o livro! E não dá "oportunidade de combate aéreo" nenhuma! A verdade é que ele rouba as armas e sai correndo do navio, deixando uma para trás pra detonar o próprio, só que a bomba não explode e Grafton sai correndo atrás de Qazi e explode o avião dele.
     Enfim, gostei e recomendo! Thumbs up.

      Até mais. o/

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Resenha - Gothica

Livro: Gothica (Contos)
Autor: Gustave Flaubert
Tradutora: Raquel de Almeida Prado
Berlendis & Vertecchia Editores
126 páginas
Nota no Skoob:
2 estrelas (regular)


               Um Flaubert novo, quase desconhecido - jovem, exercita-se como narrador, cria personagens diabólicos, mas também profundamente humanos. Um Falubert que brinca com a parafernália gótica, dando vazão a uma imaginação alucinada. Se o leitor busca bom entretenimento, ele encontrará aqui o frescor irônico de um gênero que sempre contou com um público fiel - pois a inspiração gótica adaptou-se à indústria cultural, passando dos livros e palcos às telas do cinema, à HQ e ao rock.


     Oi, você que está lendo essa resenha! o/
     Antes de tudo, eu queria dizer que eu não queria falar que o nome da Editora é muito bonito. Muito bonito mesmo.
     GOTHICA é mais um livro intocado que eu achei na biblioteca da escola. By the way, lendo alguns posts da série “A biblioteca da minha escola” do Livros e afins, eu percebo o quanto a biblioteca da minha escola é boa...
     Pra quem não se lembre, ou não saiba, Flaubert é o autor de Madame Bovary, livro que, falando nisso, já está localizado na biblioteca da escola e já está na fila – gigantesca fila, diga-se de passagem – de livros para eu ler.
     Devaneios à parte, à resenha.


Histórias
     Raiva e Impotência
     Sendo o mais suscinto e fiel possível, Raiva e Impotência relata a história de um homem TACITURNO (note-se isso), que foi enterrado vivo porque seu sono era muito pesado.

     A Peste Em Florença
     Como está escrito na apresentação do livro, escrita pela tradutora, em A Peste em Florença tem-se a sequência: profecia, maldição, traição, vingança. Trata-se da história de uma família, mais especificamente  de dois irmãos, que foram visitar uma velha mucho loca vidente/cartomante, que disse que haverá inveja e ódio na vida de um deles e que o outro prosperará muito em poucos dias ou alguma coisa assim. De fato, um deles virou cardeal, e o outro foi ficando quieto, amuado, rechaçado e TACITURNO (note-se isso). Aí um matou o outro no final.

     Bibliomania
     Esse é curioso. É a história de um velho, Giacomo, que era obcecado por livros e TACITURNO (note-se isso). Ele tinha uma biblioteca vasta, de livros, pergaminhos, manuscritos e afins e tinha raiva de um outro bibliófilo, Baptisto, que vinha comprando todos os livros raros que apareciam em leilão. Então tem uma sequência de fatos muito peculiar, que eu não vou por aqui muahaha e o final é nonsense. O curioso é que Giacomo não sabia ler Ô.ô.

     Sonho do Inferno
     É o maior conto do livro. Conta a história de nada e de ninguém; mais adiante eu explico. Trata de Arthutr de Almaröes, que é um homem muito poderoso (em todos os sentidos da palavra) e TACITURNO (note-se isso). Acontece que, de repente, Arthur leva um lero com satã (?), e este último quer levar sua alma. Mas Arthur alega que não tem alma e o capeta diz que se ele se apaixonar ele vai ver como tem alma. Então satã faz com que uma tal de Julietta caia de amores por Arthur, que nem dá bola para ela. No final Julietta se joga de um penhasco, satã convence-se de que Arthur não tem alma e vai embora e nada acontece com Arthur.

     O Funeral do Doutor Mathurin
    Desse conto eu não lembro muito sorry, mas a história é mais ou menos essa: ela trata desse Dr. Mathurin, que viva nas montanhas com seus discípulos e NÃO ERA TACITURNO (note-se isso); aí um dia ele decide morrer, morre e é enterrado. -.-

Minha Opinião 
     Ler Gothica me trouxe uma sensação de vazio interior que eu não sei explicar. Não é um vazio como se faltasse algo, mas é um vazio pleno. Ah, deixa pra lá.
     O importante é saber que: eu não me desesperei em Raiva e Impotência; eu apreciei razoavelmente A Peste em Florença; eu não achei coisa alguma de Bibliomania; eu não entendi lhufas de Sonho do Inferno; e eu achei O Funeral do Doutor Mathurin interessante, divertido e vazio. Agora destrinchemos.
     Penso que Raiva e Impotência foi escrito para gerar desespero no leitor, afinal, Ohmlyn é enterrado vivo! Mas eu não me desesperei... Não sei por que, mas não capturou-me a atenção o suficiente.
     D’A Peste em Florença eu gostei da cena em que Garzia mata Francesco, da loucura que emana dessa cena. Adoro pessoas loucas s2. Do resto do conto eu não tenho nada a dizer, porque ele não significou nada para mim.
     Bibliomania é pointless. Só isso.
    Sonho do Inferno é muito abstrato; imaginativo demais. Afora ser completamente desprovido de razão, ele é completamente desprovido de razão só pra fixar e acaba como começa: em lugar algum. Eu não acompanhei muito a história, não sei se porque atei-me por demais à razão ou se porque não fui com a cara de Arthur. Eu tive náuseas enquanto eu lia esse conto, provavelmente porque eu não me prendi ao conto e ele não oferecia nada que me prendesse. Resumindo, esse conto é bizarro, intelectualmente cacofônico e vazio. (Acho que são os cabelos de Arthur que estampam a capa do livro.)
    O Funeral do Doutor Mathurin me lembrou de uma parte da música “Elephant Gun - Beirut": “As did I, we drink to die / We drink tonight”. Mathurin morreu pleno, ele decidiu que queria morrer e assim o fez.: morreu feliz e bebendo. E que ideia é essa de ir passear com defuntos pela cidade? Esse é o melhor conto do livro, na minha opinião, mas é vazio mesmo assim.
     Eu não quero falar que Gothica é ruim, porque contos como o último e o segundo são bons, mas eu achei ele regular, talvez porque eu não abstraí o suficiente. Mas, enfim, leia e decida-se por si próprio sem ajuda de ninguém além de você mesmo, não abusando do pleonasmo.
     Para mim, em matéria de contos ninguém supera J. L. Borges =).

     Até mais. o/

terça-feira, 21 de junho de 2011

Resenha - O Médico e o Monstro

Livro: O Médico e o Monstro
Autor: R. L. Stevenson
Tradutora: Heloisa Jahn
Editora Ática - 96 páginas
Nota no Skoob:3 estrelas (Bom)



     As suspeitas começaram quando Mr. Utterson, um circunspecto advogado londrino, leu o testamento de seu velho amigo Henry Jekyll. Qual era a relação entre o respeitável Dr. Jekyll e o diabólico Edward Hyde? Quem matou Sir Danvers, o ilustre membro do parlamento londrino?
     Assim começa uma das mais célebres histórias de horror da literatura mundial. A história assustadora do infernal alter ego do Dr. Jekyll e da busca através das ruas escuras de Londres que culmina numa terrível revelação. Sinopse aqui.



     Oi, você que está lendo essa resenha! o/
     O que a escola não faz com a capacidade de blogar e de ler de uma pessoa?! 96 páginas! Só! E foram 5, cinco, cinque, five, 五 (go), dias pra ler! E mais uma semana procrastinando a resenha! Certo, mas eu amo a escola forever.
     Mais um livro muito conhecido e encontrado nas profundas reentrâncias das prateleiras da biblioteca da escola. Once more, a foto que está ali em cima não a capa do livro que eu li, mas não achei nenhuma imagem grande o bastante pra não pixelizar - não sei se essa é a palavra certa, mas a frase está entendível..
     Devo dizer que essa resenha happened to be bem diferente das outras. O que você vai ler lá no "Minha Opinião" é mais um registro de pensamentos aleatórios do que uma dissertação propriamente dita.

Cenário
     "Cidade gélida, com seu ar contaminado pelos gases industriais e escurecendo pela forte neblina, a Londres de mil oitocentos e tantos era o cenário perfeito para uma história de terror: sua propensão a epidemias era proporcional à expansão do submundo urbano, e seus contrastes sociais eram agravados pela violência generalizada." Paráfrase da página 13
História
     Vou ser o mais sucinto possível, porque o livro – e a história, de certo ponto de vista – não é muito grande.
     Dr. Jekyll, médico, amigo e cliente de Mr. Utterson, um advogado nem tão taciturno e reservado isso não é redundante? faz seu testamento dando absolutamente todo o seu patrimônio a um indivíduo alcunhado Mr. Edward Hyde; entretanto, quando o tal Mr. Hyde começa a ser conhecido pelas atrocidades que ele comete, a sanidade de Jekyll (por confiar em Hyde) torna-se duvidosa.
     Utterson então passa a observar e tentar descobrir o que se passa com Jekyll e por que existe essa estreita ligação entre ele e Hyde.

Minha Opinião 
     O Médico e o Monstro é uma história bem curta; e não digo isso com base no número de páginas, mas sim porque a história (entenda-se como “comprimento/extensão do conteúdo fictício que o livro contém) é realmente muito curta. Certo, resumindo: O livro tem a introdução à história, e então vem o desfecho. E pronto, só.
     Não entendo por que todo personagem de história de suspense/terror/mistério tenha que ser obrigatoriamente taciturno/ostracista, sendo que isso só serve, por vezes, para adornar o enredo. Personagens que são tachados de taciturnos, por algum motivo sobrenatural, tornam-se verborrágicos assim que a história começa. #curioso
     Outro fato digno de nota: o suicídio de Hyde no final. Se a personalidade dominante no momento em que Utterson e Poole arrombaram a porta era Hyde, porque cargas d’água ele matou-se a si mesmo suicidando-se? Teria ele feito disso sua derradeira vingança contra Jekyll? Ou teria a personalidade do bondoso Dr. Jekyll, escondida nos mais profundos fossos do âmago da alma de Hyde, dado um surto espetacularmente forte que fosse capaz de controlar por alguns instantes as ações de Hyde? Haja paciência para se pensar em questões assim. Ora bolas, ele morreu porque o autor quis. Então, ponto final.
     Realmente, se pararmos para analisar, o anonimato traz liberdade e poder, e, do mesmo jeito que Jekyll descobriu isso através de Hyde, muitas pessoas descobrem hoje através da internet. Os aspectos mais obscuros da personalidade de uma pessoa, seus prazeres mais bizarros, vêm à tona quando se pode deixar de ser “si mesmo” por algum momento. É um pensamento do tipo: não vou ser eu quem vai ter que sofrer com as consequências disso mesmo. Me achei psicólogo agora
     Quando Jekyll cede ao vício de virar Hyde, para mim, ele exterioriza a sua vontade de deixar de ser quem é, digo, as pessoas não querem deixar de ser quem elas pensam que são para virarem quem elas são, porque isso caracterizaria a destruição de toda a vida construída em cima de uma coisa que se achava ser o “caminho correto”. Psicólogo ou louco?
     Jekyll relata que, quando virou Hyde nas primeiras vezes, se entregou aos seus prazeres mais obscuros, ou seja, Hyde não é o lado “mau” dele, mas somente o lado “verdadeiro”. Se esse lado verdadeiro só se desenvolveu de uma vontade de fazer o que não podia – sim, pois Jekyll era “o bom e amistoso Jekyll”, sendo que isso, de certa forma limitava a sua liberdade de “ser” -, eu não sei, mas que Jekyll gostava de virar Hyde, ah! gostava.
     Who’d have known?
     Anyway, é um bom livro e, se não fosse a tonelada de trabalhos que eu tinha e ainda tenho que fazer, eu teria lido em um dia só. Captura muito bem a atenção do leitor.

      Até mais. o/

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Resenha - C.S.I.: Jogo Duplo

Livro: Jogo Duplo
Autor: Max Allan Collins
Tradutora: Elvira Serapicos
Série: C.S.I.
Editora Prestígio – 301 páginas
Nota no Skoob: 4 estrelas (Muito Bom)

        

       Conheça os heróis da polícia de Las Vegas. Comandados pelo veterano Gil Grissom, essa equipe notável responsável pelo terceiro e último turno de trabalho no Departamento de Criminalística - incluindo Catherine Willows, Warrick Brown, Nick Stokes e Sara Sidle - precisa combinar métodos científicos moderníssimos com intuição enquanto trabalha para encontrar as provas por trás da fita de isolamento usada pela polícia. Enquanto Nick e Catherine investigam um assassino que volta à cena depois de 15 anos, Grissom e o resto da equipe precisa descobrir a identidade de um assassino frio - cujo estilo das execuções, uma assinatura com "dois furos", atraiu a atenção de Rick Culpepper, agente do FBI.


     Oi, você que está lendo essa resenha! o/
     Eu me crucifico até agora por nem imaginar que existissem livros de C.S.I. Que desinformado que eu sou!
   É impossível que você nunca tenha ouvido falar em C.S.I., caso não tenha ainda, recomendo suicídio, Google it!
     Amo de coração a série (o Las Vegas, pelo menos) e todos os personagens e tudo mais, mas, enfim, à resenha!

História
     Nick e Cath investigam o caso de uma "múmia" encontrada em um trailer abandonado em um canteiro de obras, enquanto Grissom, Sara e Warrick investigam o assassinato de um advogado no Beachcomber Hotel and Cassino.
     Aparentemente são dois casos isolados, sem nenhuma ligação, entretanto, a assinatura do assassino é a mesma: dois tiros com distância de ~2cm entre si, na base do crânio.
     À luz da ciência forense, os criminalistas do turno da noite de Las Vegas recolhem e analisam as evidências, tentando elucidar esses casos que acabam se mostrando muito mais intrínsecos do que se supunha.
     Eu sei que tem um pleonasmo no parágrafo acima, mas ignore. Obrigado.

Minha Opinião 
     É inegável que CSI tem um apelo audiovisual Tem hífen? gigantesco, mas, ao se ler o livro, digo eu, tem-se a mesma sensação de triunfo científico que se sente ao assistir um episódio da série. O livro tem algo que a série não tem e a série tem algo que o livro não tem, mas eu dou 4 estrelas pro livro justamente por causa desse apelo audiovisual que a série televisiva traz e o livro não.
     Sobre o final. Eu achei o final bem "finalizado", por assim dizer. Na série, quando se está com aquela sensação de "Ah, acabou! Resolveram o caso." a tela fica repentinamente preta e se lê Executive Producer - Jerry Buckheimer bem no meio. No livro os pensamentos têm tempo de assentarem, até porque depois do livro não tem créditos.
     Eu gostaria muito mesmo de relatar somente a minha experiência com o livro, sem comparar com a série, mas, como eu já assisti (e muito!) CSI, a comparação é inerente. Creio que deva ocorrer isso em todos os "livros que vieram de filmes/séries", porém não com os "livros que deram origem a filmes/séries".
     Do desenvolvimento. A concatenação dos fatos, das evidências, a intrincidade da narrativa é contagiante. Não obstante ler o livro seja igual a assistir a série, pois, nos primeiros capítulos, os dois casos se desenvolvem juntos, um em cada capítulo. Nem se comenta a sensação que se tem quando percebe-se que os casos engrenaram e entramos na reta final da narrativa!
     Todos quer os outros livros da série!
     É um livro muito bom mesmo e vale a pena a leitura. E se você ainda não viu a série, assista, ou melhor #ASSISTÃO.

"E os agentes CSI também eram seres humanos - até Grissom. Provavelmente." Pág.208

Até mais. o/

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Resenha - House of Night: Traída

Livro: Traída
Autor: P.C. e Kristin Cast
Tradutor: Johann Heyss
Série: House of Night, Livro 2
Editora Novo Século – 331 páginas
Nota no Skoob: 3 Estrelas (Bom)



               Zoey se estabelece na Morada da Noite. Finalmente sente-se incluída e aprende a controlar seus poderes. Agora, ela supera novos desafios, luta contra a morte que se abate sobre adolescentes humanos e sobre a própria Morada da Noite e, de repente, percebe que seu coração e sua alma acabam de ser partidos por uma grande traição. Neste segundo livro da série House of Night depare-se com novos mistérios, surpreendentes emoções e muita sensualidade.


     Oi, você que está lendo essa resenha! o/
     Segundo livro de House of Night, mais uma capa linda. Sério mesmo, as capas dessa série são muito bem feitas. Dá vontade de ter na estante só por causa das capas.
     Enfim, capas à parte, se você não leu a resenha de Marcada, o primeiro livro, por favor, leia ela aqui.
     Vou tentar escrever um pouco mais nessa resenha para poder complementar a minha resenha relapsa de Marcada.

História
     Mísero Um mês passado do livro anterior, Zoey se estabelece confortavelmente na Morada da Noite.
     Apesar de estar envolvida com Erik Night, seu amor por Heath ainda não se apagou, e quando ela se vê frente a assassinatos misteriosos de adolescentes próximos a Heath, ao que tudo indica, cometidos por vampiros, ela teme por ele ser o próximo a desaparecer.
     Entretanto, Heath está Carimbado por Zoey, o que o faz querer vê-la desesperadamente. E os arredores da Morada da Noite escondem perigos inimagináveis...

Minha Opinião 
     É... bom. Não preconizarei a leitura dele e nem desencorajarei-a, até porque os finais são muito empolgantes, mas eu não vou julgar o livro SÓ pelo final (coisa que acontece com muita gente), porque o livro se desenvolve com algumas cenas de ação conectadas por um marasmo indescritível.
     É incrível que todos os amigos de Zoey estão sempre felizes, independentemente de fatores externos, e ela sempre tem decisões muito importantes a fazer, por isso nem sempre está feliz. Mas é compreensível, pois ela só está na House of Night há UM MÊS, um mísero mês e ela já fez tudo isso que ela fez... Tudo bem que ela é uma garota especial e a história é sobre ela por causa disso, mas, poxavida, UM MÊS só. Ela atrai desgraça.
     Falando em ela ser uma garota especial, quantos dons ela tem! Jesus toma conta! Ou melhor, Nyx toma conta! Não obstante ela ser a única novata da história que tem afinidade com os cinco elementos, ela já tem intuição de vampiros, sede de sangue, tatuagens Marcas fodásticas e é a única que vê/viu aqueles mortos-vivos que olham pra ela, gritam e saem correndo. Aliás, interessante ela ter sido a única que os viu...
     Ainda falando nos dons de Zoey, que legal que ela tem afinidade com os elementos; agora ela pode invocar os elementos por qualquer coisa! Tudo bem invocar todos eles com uma certa frequência, mas ela abusa também! Daqui a pouco ela vai andar por aí flutuando com o vento, se impor com o fogo, aromatizar o ar com "Campos Verdejantes, uma fragrância da terra" e tomar banho invocando a água. E haja espírito pra gerenciar os namorados dela!
     Uma coisa que me chama atenção é o fato de ela chamar Aphrodite de cadela, vadia, etc, sendo que ela, antes de tudo, tirou, roubou, afanou, furtou, arrancou, atraiu, retirou o namorado de Aphrodite, Erik. Além disso, diga-me, com quem Aphrodite ficou depois que perdeu o controle das Filhas das Trevas? Hein? Então, ninguém. E Zoey? Zoey ficou com Erik, foi assediada (reciprocamente, por sinal) por Loren e ainda teve atrações ginecológicas por Heath enquanto chupava o sangue dele. Sem querer rotular ninguém, mas, a Zoey parece ser mais vadia do que Aphrodite.
     Ah, Aphrodite. Embora as autoras tentem fazer Aphrodite parecer vilã na história, eu achei que ela era simplesmente fútil, e não má. Malvada é a Zoey, quando ela humilha a Aphrodite. Poxa, dá um tapa na cara da Aphrodite e tudo resolvido! Tem que ficar humilhando a menina?
     Deve estar parecendo que eu não gosto de Zoey, mas não é isso: é que cansa! Primeira pessoa sempre me cansou a leitura.
     Nesse livro tem muitas antíteses maravilhosamente poéticas. São escuridões brancas pra cá, branquidões escuras pra lá e assim vai.
     Então, deve estar parecendo mesmo que eu estou falando mal do livro, mas eu estou com vontade de ler a continuação sim. É o final que prende a gente e dá gás pra ler o próximo livro. Acho que já falei que os finais são realmente muito empolgantes...
     Enfim, infelizmente eu ainda não tenho Escolhida, mas assim que conseguir vou comprá-lo, acima de tudo, pra ter mais uma capa muito linda na minha estante.

" Enquanto estiver escovando a égua, pense em Heath." Pág. 281

      Até mais. o/